Vitamina B2 (Riboflavina)
Está envolvida no metabolismo energético, quadros deficientes dessa vitamina foram relacionados com recém nascidos de baixo peso, anormalidades e morte fetal. Para aumentar sua ingestão durante a gravidez, é importante consumir alimentos ricos em riboflavina.
Os alimentos fontes são: cereais, ovos, queijos, folhosos verde-escuros, castanhas, avelã, feijão fradinho, lentilha, carne seca, fígado e rim.
Vitamina B6 (Piridoxina)
Tanto o excesso como a deficiência dessa vitamina pode causar doenças hipertensivas específica da gravidez (DHEG), diabetes mellitus gestacional, convulsão, hiperêmese gravídica, parto prematuro, natimorto, recém nascido de baixo peso, baixo apgar e má formação do feto.
Essa vitamina participa do metabolismo protéico, o aumento do consumo de proteína leva há uma necessidade maior de vitamina B6.
Os alimentos fonte são: cereais integrais, batata, fígado, carne de porco e leguminosas.
Vitamina B12
Sua deficiência leva a um tipo de anemia indistinguível da decorrente da carência de ácido fólico e os sintomas são anemia megaloblástica e distúrbios neurológicos, altas doses de folato podem resolver a anemia, porém os prejuízos neurológicos são irreversíveis.
Com relação a essa vitamina a maior preocupação é com gestantes que não comem carne, ovos, leite e derivados, vísceras, embutidos e frutos do mar, produtos de origem animal, nesse caso recomenda-se o uso de leite de soja enriquecido com vitamina e suplementos.
Ácido Fólico
É importante desde o início da gestação devido a rápida proliferação celular nesse período, as primeiras semanas são importantes para a formação e fechamento do tubo neural, que dará origem ao cérebro e medula espinhal. Deficiência dessa vitamina está relacionada a defeitos do tubo neural que ocorre quando o tubo não se fecha totalmente, aborto espontâneo, hemorragias, pré-eclâmpsia e retardo do crescimento intra-uterino.
Entre as doenças do tubo neural temos a espinha bífida, em mulheres que tem o histórico dessa doença devem ser suplementadas com doses maiores de ácido fólico, vale lembrar que todas as gestantes são suplementadas com essa vitamina já que sua ingestão somente por alimentos é baixa em comparação com o que é recomendado.
Os alimentos fontes são: fígado de boi, lentilha, espinafre, grão de bico, feijão branco, germe de trigo, levedo de cerveja, beterraba, aspargos, vegetais verde-escuros, brócolis, repolho cru, leite, abacate, suco de laranja e alimentos e cereais enriquecidos.
Vitamina C (Ácido Ascórbico)
Níveis baixo dessa vitamina está relacionado a ruptura prematura da placenta e possibilidade de parto prematuro.
Os alimentos fontes são: frutas em especial laranja, goiaba, acerola, morango, manga, mamão, além de vegetais como a couve-flor e folhosos.
Vitamina A
O feto faz reservas dessa vitamina para seu crescimento e desenvolvimento, ela também é importante para o crescimento tecidual materno, essa é uma das poucas vitaminas que não tem sua recomendação aumentada durante a gravidez, a suplementação só é indicada em casos comprovados de deficiência dando atenção ao primeiro trimestre de gravidez quando ela é mais lesiva, sua deficiência pode levar a retardo e crescimento intra-uterino.
Estudos indicam que baixos níveis de vitamina A aumentam os riscos de transmissão do vírus HIV para a criança.
Cuidado com o uso de cremes com ácido retinóico e derivados eles têm uma potente atuação.
Os alimentos fonte são: fígado de boi, queijo e manteiga, leite integral, azeite de dendê, cenoura, manga, couve e agrião.
Vitamina D (Calciferol)
É relacionada ao crescimento ósseo, imunidade e atividade reprodutora, é essencial ao equilíbrio cálcio e fósforo. Sua deficiência pode restringir o crescimento fetal, hipocalcemia neonatal, raquitismo, prejuízo no esmalte dentário e levar a osteomalácia materna.
Os alimentos fonte são: salmão, sardinha, arenque, fígado de galinha e gema de ovo.
Vitamina E (Tocoferol)
Funciona como um antioxidante, sua deficiência é rara, mas seus níveis baixos estão associados à anemia hemolítica em prematuros, problemas neuromusculares e maior ocorrência de aborto.
Os alimentos fonte são: óleos vegetais de milho, soja e girassol, leite de vaca, salmão, abacate e damasco.
Vitamina K
Os que mais sofrem com sua deficiência são os recém nascidos, essa vitamina tem dificuldades em atravessar a placenta e o bebê não está maduro o suficiente para produzi-la e sintetizá-la, além disso, o leite materno não é rico nessa vitamina, o que leva a uma suplementação preventiva logo após o nascimento. Mesmo assim recomenda-se a ingestão de alimentos fontes pela gestante.
Os alimentos fonte são: folhosos verdes-escuros, repolho, ervilha, fígado de boi, manteiga e queijo.
Ferro
É fundamental para a transferência de oxigênio para a respiração das células maternas e fetais, as necessidades de oxigênio para as células vão aumentando no decorrer da gravidez e consequentemente a necessidade do ferro. A deficiência desse mineral é relacionada ao aumento da mortalidade perinatal, prematuridade, alterações no sistema imune e prejuízos no crescimento e desenvolvimento fetal. O feto extrai da mãe o ferro para fazer suas reservas que lhe garantirão suprimento nos três ou seis primeiros meses pós-nascimento, mesmo em gestantes desnutridas o feto consegue retirar da mãe uma quantidade suficiente desse mineral o que agrava o quadro dessa gestante. Mesmo tendo uma boa alimentação devido a sua alta necessidade durante a gestação é preciso suplementar. Uma dieta que favoreça sua absorção também é importante como, por exemplo, alimentos fontes de ácido ascórbico (vitamina C).
Os alimentos fonte são: carne bovina, fígado de boi e aves, leguminosas, folhas verde-escuras e alguns vegetais associando-os a fontes de vitamina C como as frutas cítricas.
Cálcio
Na ingestão inadequada a gestante pode perder muita massa óssea o que lhe acarretará problemas futuros, sua suplementação tende a evitar tal episódio e suprir as necessidades do feto. Sua deficiência prejudica o crescimento e desenvolvimento fetal, pressão arterial, alteração de membrana, contrações prematuras e precipitação do parto. A ingestão diária de dois copos de leite e um de iogurte e 30 gramas de queijo já proporciona o alcance das necessidades.
Os alimentos fonte são: feijões, vegetais, sardinha e ostras.
Zinco
É importante para a integridade celular, crescimento e desenvolvimento adequados e funções celulares, sua deficiência pode prejudicar o sistema nervoso central e está associada a recém nascido de baixo peso, recém nascido pré-termo e infertilidade, sua suplementação em gestantes com deficiência desse mineral leva ao maior peso de nascimento dos bebês.
Os alimentos fonte são: carnes, peixes, aves, cereais integrais, nozes, fígado, ostras e mariscos, queijos e leguminosas.
Iodo
Sua baixa ingestão trás prejudica a produção dos hormônios tireoidianos (hipotireoidismo). A baixa ingestão está relacionada a aborto, natimorto, bócio, cretinismo, anomalias, hipotireoidismo e comprometimento da função cerebral. A adequada suplementação não prejudica a função tireoidiana do feto.
Magnésio
Tanto o excesso quanto a deficiência é relacionado a má formação, sua suplementação diminui a incidência de pré-eclâmpsia e retardo do crescimento intra-uterino.
Fonte: SILVA, Sandra Maria Chemin Seabra da. Tratado de alimentação, nutrição e dietoterapia. São Paulo: Roca, 2007.
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